sábado, 7 de fevereiro de 2009

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Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vêzes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz. Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.


MOSAICOS: ALEXANDRE ALMEIDA

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